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Cadastro Municipal de Bicicletas

Mesa regulamentaçãoEm meados de 2015, na inauguração da pista de Montain Bike do Parque Ecológico de Campinas, um grupo de ciclistas liderados pelo Du Gomez, Glauco Azevedo e vários ciclistas anônimos, interpelou o Prefeito Jonas Donizette em função da série de assaltos, inclusive com sequestro envolvendo ciclistas, especialmente na região de Joaquim Egídio.

Deste evento foi marcada uma reunião, na mesma semana, com o Secretário Municipal de Cooperação nos Assuntos de  Segurança Pública,  Luiz Augusto Baggio onde foram pautadas 9 ações que poderiam ser executadas para melhorar a segurança dos ciclistas na cidade de Campinas.

Este encontro marca também a criação do Pedal Ativo, como um grupo de cidadãos que resolveu se organizar para mudar uma situação que vinha há muito incomodando a comunidade.

No último dia 12 de maio foi concluída uma das mais importantes, a regulamentação da Lei municipal 15.129 de autoria do vereador Luis Yabiku, que criou o Sistema Municipal de Prevenção ao Roubo, ao Furto e o Combate do Comércio Ilegal de Bicicletas no município de Campinas.

Em convênio com o site bikeregistrada.com.br  o município passa a ter um cadastro de bicicletas com dados do proprietário e suas características. Este cadastro deverá ser utilizado pela Guarda Municipal ou pelas polícias Civil e Militar  para a confirmação de propriedade da bicicleta em caso de qualquer suspeita.

O Cadastro dá ao ciclista mais uma ferramenta para se proteger contra a onda de roubos e assaltos na região, uma vez que ao roubar uma bicicleta cadastrada,  o autor do roubo passará a ter mais dificuldade de comercializar o produto do crime.

As polícias e a Guarda Municipal, por sua vez passam a ter acesso a informação das bicicletas roubadas na região e podem consultar o cadastro com o uso de um smarthphone imediatamente ao se deparar com uma bike em situação suspeita.

Além disso, bicicletas recuperadas, constantemente armazenadas em delegacias podem ter seus donos identificados facilmente com a utilização do Cadastro.

Basta entrar no site www.bikeregistrada.com.br e registrar sua bicicleta, gratuitamente, com o número do quadro, número da nota fiscal, dados do proprietário, fotografias, características.

Esta conquista demonstra que a ação direta de cidadãos organizados  junto ao poder público, sem nenhum viés partidário, dá resultados quando é focado e dirigida para o beneficio da Comunidade.

Saiba mais:

 

Quantos somos?

CiclistasDesde a aprovação do Código de Transito Brasileiro em 1998 a bicicleta foi legalmente reconhecida como veículo não motorizado e, portanto, meio de transporte. Mas os ciclistas continuam procurando o seu lugar na rua.

Segundo dados da ABRACICLO, o Brasil tem 70 milhões de bicicletas e uma produção prevista para 2017 de 797.000 unidades. Um crescimento de 19%.

Segundo a média nacional, Campinas deve ter algo em torno de 380.000 bicicletas, para uma população de 1.173.370¹, de acordo com o IBGE.

Sem dúvida, a grande maioria destas bicicletas são utilizadas para o lazer, ou muito pouco utilizadas como transporte por conta da insegurança do transito.

Essa situação acabou motivando os apaixonados por bicicletas a se reunirem em grupos organizados para passeios e treinamentos.

Estes grupos têm atuação recreativa ou esportiva predominantemente no âmbito municipal.

De fato, os maiores apoiadores do uso da bicicleta como meio de transporte nas grandes cidades são aqueles que já incorporaram o veículo como lazer e esporte.

Isso não se aplica às cidades pequenas, onde o transito é muito menos agressivo e a bicicleta ganha importância de veículo de transporte respeitado pelos motoristas.

Em matéria do site Infográficos de economia do O Globo sobre o mercado de bicicletas no Brasil e no mundo, além de constatar que o Brasil tem a bicicleta mais cara do mundo, a matéria informa também que na divisão do transporte por tipo, no Brasil, 3,4% é feito de bicicleta.

Portanto, podemos afirmar que Campinas tem 23.000 ciclistas ou usuários de bicicleta como transporte.

É fácil comprovar este número considerando os grupos organizados na cidade. Somente o Campinas Bike Clube tem quase 10.000 seguidores. Somando a eles os seguidores do Pé na Estrada, Pangas Bikers, Domingueiras, Domingueiras para Elas, Ecos Bikers, The Brothes, Dona Onça, Bike Riders, Bike Anjo, e tantos outros; chegamos facilmente a mais de 23.000 ciclistas ativos.

O poder público que ignorar esse fato, tem uma visão míope do transporte público e está indo contra a evolução para um mundo sustentável.

Fontes: ¹IBGE, Aliança Bike, Abraciclo

Projeto Eleições 2016

Eleições 2016

O Pedal Ativo reúne um grupo de ativistas, suprapartidário sem qualquer vínculo a candidaturas, mas abriu seu espaço na Internet para aqueles candidatos que têm um posicionamento claro e bem definido com relação a mobilidade urbana e, em especial, a ciclomobilidade.

A iniciativa pretende apresentar à comunidade de ciclistas as posições de candidatos de vários partidos sobre o assunto e permitir que os usuários da bicicleta possam formar opinião e reforçar a representação da causa cicloviária na câmara municipal.

Os candidatos a Prefeito foram procurados mas não responderam aos convites até a publicação desta página.

Foram 7 os candidatos a vereadores que se propuseram a gravar seus compromissos  com o movimento cicloativista.

Apresentamos sete perguntas, com antecedência,  a cada candidato interessado no projeto. A todos eles foi solicitado que respondessem as questões de forma livre respeitando um tempo máximo de 5 minutos.

As perguntas propostas foram:

  1. Quais são seus planos para a Ciclomobilidade?
  2. Quais regiões serão priorizadas?
  3. Os grupos organizados serão convocados a participar das suas propostas?
  4. Dará apoio às propostas, mesmo que sejam de vereadores / prefeito que não façam parte da sua base?
  5. Dará apoio a regulamentação das Leis existentes ou que, por ventura, venham a ser propostas e aprovadas?
  6. Qual seu conhecimento sobre o projeto existente?
  7. O que já fez pela Ciclomobilidade?

Veja cada um dos candidatos respondendo estas perguntas pelos links abaixo.

Carlinhos da Bike – PRB – 10101

Luis Rossini –  PV – 43123s

Luis Yabiku – PSB – 40456

Marcelo Silva – PSD – 55055

Paulo Búfalo – PSOL – 50000

Pedro Tourinho – PT – 13001

Vagner da  Praça do Coco – PV – 43030

Campinas tem Lei sobre a Criação de Sistema Cicloviário desde 2008

Ciclovias Já
Lei de 2008 que define a obrigatoriedade de construção de Ciclovias

Vai completar 8 anos no próximo dia 10 de abril a promulgação da Lei 13.288 do vereador Luis Yabiku que define uma série de obrigações do município com relação ao uso da bicicleta como transporte.

Estão, por exemplo, as definições de Ciclovia, Ciclofaixa e Faixa Compartilhada. Define que locais de grande fluxo de pessoas como prédios públicos, escolas, centros de compras, parques, etc; devam ter bicicletários.

Define que qualquer novo parque ou praça com mais de 4.000m² deve contemplar acessos por ciclovias no seu entorno.

E fundamentalmente,  no seu artigo 11, a lei define que novas vias públicas devem prever ciclovias.

A lei ainda inclui no uso das ciclovias os patins, patinetes, skates; inclusive os elétricos.

Uma lei  moderna, com uma disposição clara de projetar a cidade de Campinas para o uso de um veículo simples, barato, prático e saudável, promulgada em 2008 e até hoje aguardando regulamentação.

É a novamente a burocracia brasileira: Não se cumpre a lei por que não se definiu como.

Precisamos retomar as discussões com o Poder Público para fazer valer esta lei que tanto beneficia a população de Campinas.

Faça download da íntegra da Lei Nº 13.288 de 10 de Abril de 2008.

A importância do Registro da Ocorrência

BOTemos feito várias reuniões com o Poder Público para encontrarmos meios de melhorar a Segurança dos Ciclistas na Região de Campinas. Em todas elas cobramos ações de policiamento, investigação e melhoria da comunicação entre as autoridades de segurança e os cidadãos que usam bicicletas.

Uma das questões que temos observado é a falta de estatísticas e informações sobre assaltos e roubos de bicicletas. As autoridades Policiais civis e militares não dispõem de dados por um motivo relativamente estranho. As vítimas raramente informam o roubo ou furto.

O Boletim de ocorrência é o meio com o qual a Polícia consegue identificar estatísticas e informações para traçar estratégias  de combate ostensivo e investigação de roubos e furtos. Com as informações que a vítima apresenta no Boletim de Ocorrência é possível conhecer característica, métodos, áreas de maior incidência, descrições dos bandidos e uma série de dados que vão orientando ações preventivas.

Além disso, se uma bicicleta roubada for recuperada o Boletim de Ocorrência é a única forma da Polícia identificar e avisar seu proprietário.

Na região de Campinas existem dezenas de bicicletas recuperadas em Delegacias de Polícia sem identificação de proprietários.  Se a Polícia tivesse os BOs lavrados poderia devolver a seus donos várias delas.

Por pior que seja a experiência de ter sido roubado, de ter um bem material mas de valor afetivo incalculável tomado de você covardemente, FAÇA O BOLETIM DE OCORRÊNCIA.

Imagem: TC Filmes/Universal Pictures

Receptação é Crime

Receptação: O Crime de Comprar Peças Roubadas

O Brasil anda indignado com as constantes denúncias de corrupção e a falta sistemática de Ética demonstrada por vários setores da sociedade. Não é pra menos, é terrível se sentir roubado.

A mesma indignação é sentida quando temos a notícia de que algum amigo ou conhecido teve sua bicicleta roubada. É natural, nos sentimos na sua situação do agredido e percebemos quanto estamos expostos a violência cotidiana.

O bicicleta roubada tem destino certo. Vai retornar ao mercado em forma de Produto Barato e de Origem Suspeita.

Não existe Almoço Grátis, como já se dizia no século retrasado. Se está barato demais alguma parte do processo comercial foi burlada.  Não observar isso na hora da compra faz do comprador cúmplice da fraude.

Comprar sem nota fiscal é uma prática comum. O desconto que isso poderia dar não pode superar 20%. Seria de 5% se a peça estiver sendo comprada numa micro ou pequena empresa. Este é, grosseiramente,  o valor economizado pelo lojista ao sonegar os impostos devidos.

Ok, nós como brasileiros não acreditamos que impostos são usados corretamente. “Melhor ter o desconto que pagar imposto”, deve pensar o leitor. ERRADO

Comprar sem nota fiscal é ser conivente com um Crime. Além disso, o comprador assume o risco de não ter garantidos todos os seus direitos de Consumidor.

E seu eu quiser comprar uma peça usada de um parceiro de pedal?  Não tem problema.

Faça um recibo com o valor, nome, RG, CPF e endereço do vendedor. Se um dia você for questionado sobre a origem, simplesmente apresente o documento mostrando que você comprou de boa fé. Caberá ao vendedor explicar onde conseguiu esta peça.

Isso vale para compras pela Internet. Se for de uma loja – Tem que ter Nota Fiscal. Se for de uma pessoa física – Tem que ter um Recibo.

De outra forma VOCÊ SERÁ CONSIDERADO UM RECEPTADOR.

Pense nisso !!

Denuncie qualquer oferta suspeita pelo DISQUE DENÚNCIA: 19 3236 3040

Fonte da Imagem: www.surgiu.com.br